Em minha mais recente visita à Alpharrabio (que comentei aqui), saí de lá com este livro:
Li alguns poemas, coloquei o volume na cabeceira (poucos são os escolhidos, o criado-mudo é pequeno) e fui aos poucos convivendo com a poética de Tarso de Melo. Mal o conheço, trocamos meia dúzia de palavras na vida. Melhor assim, distanciamento faz bem quando temos de falar mal. Ou falar bem.
Não sou grande leitor de poesia, confesso, e boa parte dos poetas contemporâneos me parecem monótonos, repetitivos, engraçadinhos ou, na melhor das hipóteses, epígonos. A poesia sempre me pareceu um jeito meio preguiçoso de expor um ponto de vista (perdão, Euterpe!), o que me fez optar pela prosa como porta principal de percepção deste e de outros mundos. Ainda assim, de vez em quando a leitura de um poema pega na veia, me deixa extasiado. Pode ser Lorca, Kaváfis ou Ademir…
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